Meta e UNESCO unem forças para ampliar diversidade linguística na IA

A Meta firmou uma parceria com a UNESCO para impulsionar a diversidade linguística em modelos de inteligência artificial (IA). O projeto visa tornar as ferramentas de IA mais inclusivas ao coletar gravações e transcrições de discursos. 

Atualmente, existem mais de 7.000 línguas faladas no mundo, mas os modelos de IA abrangem apenas algumas centenas, segundo a empresa.

De acordo com o comunicado oficial, desenvolver sistemas capazes de lidar com múltiplos idiomas, incluindo aqueles com poucos recursos digitais, não só fortalece a diversidade linguística, como também possibilita a criação de inteligências artificiais mais adaptáveis e eficazes.

Como será o funcionamento do programa?

Nomeado “Programa de Parceiros em Tecnologia da Linguagem”, o projeto busca parceiros dispostos a contribuir com pelo menos 10 horas de gravações acompanhadas de transcrições, além de textos escritos contendo mais de 200 frases e conjuntos de traduções para diferentes idiomas.

Os participantes terão apoio das equipes da Meta para integrar os dados aos modelos de reconhecimento de fala e tradução automática baseados em IA. Quando concluídos, esses sistemas serão disponibilizados como código aberto, permitindo acesso gratuito à tecnologia.

Uma das primeiras colaborações anunciadas foi firmada com o governo de Nunavut, no Canadá, que contribuirá com dados das línguas Inuit Inuktitut e Inuinnaqtun, esta última classificada como em risco de extinção. 

Além disso, a Meta, proprietária do Instagram, Facebook, WhatsApp e Threads, oferecerá workshops técnicos voltados ao uso de modelos de código aberto para desenvolvimento de tecnologias linguísticas.

Outro avanço no projeto é o lançamento de um benchmark de tradução automática em código aberto. Esse teste, desenvolvido por especialistas em linguística, servirá como padrão para avaliar o desempenho de modelos de IA e será disponibilizado em sete idiomas.

“Nosso compromisso de longo prazo é garantir suporte a idiomas pouco representados digitalmente. Buscamos criar sistemas inteligentes que compreendam e respondam às necessidades humanas, independentemente da língua ou da cultura de origem”, reforçou a Meta.

Fonte: Olhar Digital

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