WhatsApp já rende US$ 10 bilhões por ano para a Meta

Dez anos após adquirir o WhatsApp por US$ 19 bilhões, a Meta — então Facebook — vê o aplicativo de mensagens se consolidar como um dos pilares de sua receita. De acordo com dados revelados por Will Cathcart, líder do WhatsApp, o app já rende cerca de US$ 10 bilhões por ano à empresa, valor impulsionado principalmente por sua integração ao sistema de anúncios do Facebook e do Instagram.

Segundo o portal The Verge, os anúncios exibidos nessas plataformas estão cada vez mais direcionados para iniciar conversas com marcas diretamente no WhatsApp, estratégia que tem impulsionado a monetização do aplicativo. O valor, equivalente a R$ 58,6 bilhões, foi revelado em uma reunião interna recente.

O Brasil, ao lado da Índia, está entre os países onde o uso do WhatsApp é mais expressivo, o que reforça sua importância estratégica para a Meta em nível global.

Julgamento antitruste começa hoje nos EUA

A revelação da receita gerada pelo WhatsApp ocorre justamente no mesmo dia em que a Meta começa a ser julgada nos Estados Unidos por supostas práticas monopolistas. A ação é movida pela Comissão Federal de Comércio (FTC), que questiona as aquisições do WhatsApp e do Instagram — este último comprado em 2012 por US$ 1 bilhão.

O processo, conduzido pelo juiz James Boasberg, irá primeiro avaliar se as aquisições violaram as leis antitruste americanas. Caso a Meta seja considerada culpada, o tribunal deverá determinar medidas corretivas, que podem incluir até a separação forçada das plataformas, obrigando a empresa a se desfazer do WhatsApp e do Instagram.

A decisão pode representar um marco na regulamentação de grandes empresas de tecnologia e colocar em xeque a atual estrutura do império digital de Mark Zuckerberg.

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