O e-commerce está à beira de uma grande transformação. Em 2025, plataformas digitais e canais próprios de venda ocuparão um papel ainda mais central nas estratégias das empresas. O acesso facilitado ao comércio online tem impulsionado essa mudança: mais de 56% dos brasileiros já compram mais pela internet do que em lojas físicas, segundo a Opinion Box.
Essa tendência não se restringe ao Brasil. De acordo com o relatório The Global Payments Report 2022, da FIS, o mercado global de e-commerce deve crescer 55,3% até o fim de 2025, atingindo um volume de transações superior a US$ 8 trilhões. No Brasil, o crescimento projetado é ainda mais expressivo, com um aumento de 95% nas vendas online, chegando a US$ 79 bilhões.
O avanço do comércio digital se deve a diversos fatores, como o fortalecimento do retail media, os desafios da fidelização de clientes e a busca por alternativas mais rentáveis aos marketplaces tradicionais.
Inteligência artificial e decisões baseadas em ROI
A inteligência artificial (IA) desponta como um dos pilares da nova era do e-commerce. Além de chatbots e automação de atendimento, a IA será fundamental para integrar processos, otimizar estoques e potencializar estratégias de marketing. A tecnologia também ajudará na normatização de dados, facilitando análises precisas para tomadas de decisão mais eficazes.
Outro fator crucial para 2025 será o pragmatismo na alocação de investimentos. Com o alto custo de aquisição de capital, empresas precisarão focar em estratégias com retorno direto no faturamento. A busca será por soluções inovadoras que realmente impactem os resultados, deixando de lado tecnologias sem aplicação prática.
Os modelos de assinatura também ganharão espaço, oferecendo conveniência para os consumidores e previsibilidade de receita para as marcas. Benefícios exclusivos, como descontos e brindes, tornam essa modalidade ainda mais atrativa, criando um ciclo contínuo de fidelização.
Retail media e a reinvenção dos marketplaces
A monetização da audiência através do retail media deve se consolidar como uma grande oportunidade para o varejo. Ao vender espaços publicitários para marcas dentro de suas plataformas, os e-commerces geram receitas adicionais com alta margem de lucro. Estudos indicam que o retail media pode elevar em 10% o faturamento dos varejistas, além de dobrar a lucratividade em alguns casos.
Outro conceito essencial para o próximo ano é a omnicanalidade. Para garantir uma experiência consistente ao consumidor, é essencial adotar um CRM robusto e uma abordagem de composable commerce — estratégia que permite personalizar a experiência do usuário e pagar apenas pelos serviços utilizados na operação.
Os marketplaces, que atualmente representam cerca de 75% do e-commerce brasileiro, também passarão por mudanças significativas. Grandes varejistas estão buscando integrar catálogos de sellers para ampliar a diversidade de produtos e competir com players globais. No entanto, muitas marcas começam a perceber os desafios desse modelo, como taxas elevadas e a perda do contato direto com o cliente.
Para recuperar o controle sobre suas operações, as empresas precisarão diversificar suas estratégias, distribuindo melhor seus produtos entre os marketplaces e investindo mais em canais próprios.
O caminho para o futuro do e-commerce
Com consumidores cada vez mais conectados e exigentes, o início de 2025 será o momento ideal para planejar e testar novas estratégias. As empresas que liderarão essa transformação serão aquelas dispostas a inovar e criar tendências, em vez de apenas seguir o mercado.
Fonte: E-commerce Brasil