Em 2025, os criativos digitais — especialmente os vídeos curtos como stories e reels — continuam sendo protagonistas nas campanhas da mídia paga. Com o aumento da concorrência por atenção e cliques, analisar corretamente essas peças deixou de ser um diferencial para se tornar uma prática essencial para marcas que desejam se destacar nos canais de Meta Ads, TikTok e afins.
A principal mudança de abordagem está em entender que o criativo não é um elemento isolado, mas parte fundamental da jornada de descoberta do consumidor. Avaliar essas peças apenas pelo retorno sobre investimento (ROAS) pode levar a decisões equivocadas, eliminando campanhas que, mesmo sem converter diretamente, nutrem o funil e movimentam outras etapas da venda.
Especialistas propõem uma leitura mais completa dos criativos, dividida em quatro pilares:
- Gancho: o impacto da primeira impressão
O objetivo inicial é simples: parar o dedo do usuário no scroll. Métricas que indicam sucesso nesta etapa incluem:
Taxa de play de vídeo/impressões: idealmente acima de 90%.
Visualizações de 3 segundos/impressões: superior a 30%.
Se o anúncio falha nesse início, dificilmente conseguirá resultados nas próximas etapas.
- Pós-gancho: manter o usuário interessado
Após atrair a atenção, o conteúdo precisa sustentar o interesse. Os indicadores mais relevantes:
Thru plays/impressões: acima de 25%.
Tempo médio de exibição: mais de 4 segundos.
Esses dados mostram se o criativo entregou valor, seja por meio de informação, emoção ou entretenimento.
- CTR: medindo o interesse real
O clique ainda é um excelente termômetro de engajamento e curiosidade pela oferta.
CTR total: acima de 2%.
CTR de link: maior que 1%.
Além disso, ações como visitas ao perfil no Instagram e novos seguidores ajudam a entender o impacto social do anúncio.
- CPS: custo por sinal de interesse
Em campanhas de aquisição, o custo por seguidor ou por ação de interesse precisa ser monitorado com atenção.
Para públicos frios: idealmente abaixo de R$ 0,80.
Para públicos quentes: até R$ 1,50.
Contudo, o valor não deve ser analisado isoladamente. Um CPS maior pode ser justificado se o público for mais qualificado.
Criativos alimentam o funil
Um dos principais alertas dos profissionais é evitar medir o sucesso apenas pelo ROAS imediato. Peças voltadas para o topo do funil, como vídeos curtos, muitas vezes não convertem diretamente, mas geram tráfego qualificado para campanhas de remarketing, catálogos e anúncios de feed.
Ignorar esse papel pode comprometer a performance geral da conta, além de limitar o aprendizado das plataformas de mídia.
Na prática, criativos são dados com emoção. Não basta analisar apenas o retorno em vendas — é preciso observar a atenção captada, a história contada e o impacto gerado ao longo da jornada.
Enxergar cada criativo como uma conversa com o cliente é a chave para campanhas mais inteligentes e escaláveis: o gancho atrai, o conteúdo prende, o clique valida e o custo define a sustentabilidade da operação.
Fonte: E-commerce Brasil