O governo da Coreia do Sul determinou, nesta segunda-feira (17), a suspensão dos novos downloads do chatbot chinês DeepSeek no país. A medida, que não afeta usuários que já possuem o aplicativo ou acessam a plataforma via web, foi tomada enquanto as autoridades analisam como a inteligência artificial lida com os dados dos usuários.
A decisão coloca a Coreia do Sul ao lado de outras nações que já restringiram o acesso ao DeepSeek, que se tornou popular no final de janeiro. Entre os países que adotaram medidas semelhantes estão Itália, Taiwan e Austrália.
De acordo com a autoridade de proteção de dados sul-coreana, o serviço poderá ser retomado quando a empresa implementar ajustes que estejam em conformidade com a legislação local de privacidade. A startup chinesa reconheceu falhas no cumprimento das normas e, na semana passada, nomeou representantes legais para lidar com a questão.
A China, por sua vez, criticou as restrições e pediu que a situação não seja politizada. “Esperamos que os países envolvidos evitem medidas que extrapolem o conceito de segurança e politizem questões comerciais e tecnológicas”, declarou Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
Outros países impõem restrições ao DeepSeek
Além da Coreia do Sul, diversas nações já adotaram barreiras contra o chatbot. A Itália ordenou o bloqueio total da plataforma em 30 de janeiro, alegando falta de transparência na coleta de dados dos usuários. Irlanda e França também exigiram esclarecimentos sobre o processamento dessas informações.
Taiwan proibiu o uso do DeepSeek por agências governamentais em 3 de fevereiro, citando riscos de segurança e possíveis censuras de informações. No dia 4, a Austrália determinou a remoção do aplicativo de dispositivos oficiais, afirmando que a IA poderia comprometer a segurança nacional.
Nos Estados Unidos, congressistas discutem um projeto de lei para banir o DeepSeek de dispositivos governamentais, segundo o The Wall Street Journal. O aumento das restrições ao chatbot reflete uma crescente preocupação global sobre o uso de tecnologias chinesas e seus possíveis impactos na segurança digital.
Fonte: G1