Desde que ganhou notoriedade global, a Deepseek chamou a atenção pelo investimento de US$ 6 milhões no desenvolvimento de sua tecnologia. No entanto, uma investigação do site SemiAnalysis sugere que os números reais podem ser muito superiores.
Segundo o portal, a empresa chinesa teria injetado mais de US$ 1,6 bilhão no projeto e estaria operando com 50.000 GPUs baseadas na arquitetura Hopper, da Nvidia. Esse número contrasta fortemente com as 2.048 GPUs divulgadas anteriormente.
A apuração aponta que a Deepseek pode ter apresentado apenas uma fração do investimento real, omitindo gastos com infraestrutura e treinamento de modelos de IA. Além disso, o parque de GPUs da empresa seria significativamente maior, incluindo 10.000 unidades do modelo H100, 10.000 do H800 e um grande número de H20.
A Deepseek surgiu como um braço de pesquisa da High-Flyer, um fundo quantitativo de US$ 8 bilhões, com o objetivo de desenvolver modelos de inteligência artificial altamente eficientes e acessíveis. Seu principal modelo, DeepSeek-R1, tem sido comparado a soluções da OpenAI e da Meta, mas se destacou por ter sido treinado com um orçamento muito inferior ao necessário para desenvolver concorrentes como o Llama 3.1, da Meta.
O rápido crescimento da Deepseek já impactou o setor de tecnologia. Seu assistente de IA tornou-se o aplicativo mais bem avaliado na App Store dos Estados Unidos, superando o ChatGPT, e está entre os mais baixados no Brasil. Como consequência, empresas como Nvidia, Microsoft e Meta viram suas ações serem afetadas pelo temor de que um concorrente de baixo custo possa alterar a dinâmica do mercado de IA.
Deepseek proibido em mais um país
Na última terça-feira (4), a Austrália tornou-se o mais recente país a proibir o uso da Deepseek em dispositivos, produtos, serviços e entre funcionários públicos. A decisão se junta a medidas semelhantes tomadas recentemente por Taiwan e Itália, que também suspenderam a utilização da IA chinesa.
Fonte: Propmark
