Big Data, IA e cibersegurança prometem transformar o mercado de trabalho até 2030

As tecnologias emergentes, como Big Data, Inteligência Artificial (IA) e cibersegurança, estão moldando o futuro do mercado de trabalho global. 

De acordo com o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, publicado pelo World Economic Forum (WEF), essas inovações devem criar cerca de 170 milhões de novos empregos até 2030, representando um aumento de 14% no número atual de posições disponíveis no mundo.

As profissões ligadas à tecnologia despontam como as mais promissoras. Especialistas em Big Data, engenheiros de IA e analistas de segurança cibernética estão no topo da lista das carreiras com maior crescimento esperado, acompanhados por desenvolvedores de software e profissionais especializados em Internet das Coisas (IoT). O relatório destaca que essas funções serão fundamentais para impulsionar o desenvolvimento econômico e social nos próximos anos.

O crescimento na área de cibersegurança, em particular, é atribuído ao aumento das tensões geopolíticas e à crescente complexidade das políticas industriais globais. Organizações em diversos setores estão investindo em estratégias para mitigar riscos, o que eleva a demanda por profissionais qualificados para proteger redes e sistemas de dados.

O relatório também identifica as habilidades que serão mais valorizadas até 2030. Inteligência Artificial e Big Data lideram o ranking, seguidas por competências em redes e segurança cibernética. Outras habilidades em destaque incluem:

  1. Alfabetização tecnológica
  2. Criatividade
  3. Resiliência, flexibilidade e agilidade
  4. Curiosidade e aprendizado contínuo
  5. Liderança e influência social
  6. Gestão de talentos
  7. Pensamento analítico
  8. Administração ambiental

A pesquisa aponta ainda que 63% das empresas enfrentam dificuldades para adaptar suas operações às novas demandas tecnológicas, e estima-se que 59% dos trabalhadores globais precisarão de requalificação até 2030. Redes e cibersegurança estão entre as áreas prioritárias nesse processo.

A ascensão da IA está impulsionando mudanças significativas nas empresas. Segundo o relatório, 50% dos empregadores globais planejam transformar suas operações nos próximos anos, e 77% já consideram aprimorar as habilidades de suas equipes. Contudo, a automação também traz impactos adversos, com 41% das empresas prevendo reduções em determinadas áreas da força de trabalho.

Para Markswell Coelho, coordenador do Instituto Brasileiro de Cibersegurança (IBSEC), as organizações precisam agir de forma estratégica. “A necessidade de requalificação é um alerta claro para empresas e trabalhadores. Habilidades em redes e cibersegurança não são apenas um diferencial, mas uma exigência para enfrentar as transformações digitais e manter a relevância no mercado de trabalho até 2030”, afirma.

Ele também ressalta que muitas empresas já estão redesenhando suas estruturas internas. “Empregadores estão transferindo funcionários de áreas ameaçadas pela IA para setores mais estratégicos, como a cibersegurança. Essa movimentação não apenas reduz os impactos negativos da automação, mas também ajuda a preencher lacunas de habilidades no mercado”.

Fonte: IBSEC

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