O investimento das marcas em experiências imersivas seguiu em alta em 2024, totalizando mais de R$ 100 bilhões. O dado foi revelado pelo Anuário Brasileiro de Live Marketing 2024-2025, que acompanha o setor desde 2004.
A pesquisa aponta que as empresas mantiveram o foco em ativações e eventos como principais ferramentas para fortalecer suas marcas, produtos e serviços. O estudo entrevistou representantes de 200 agências de Live Marketing e 50 diretores de agências das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, categorizando-as por faturamento e número de clientes.
Os investimentos abrangem desde patrocínios e locação de espaços até tecnologia, cenografia, audiovisual e contratações de profissionais para eventos. Entre os serviços analisados estão projetos cenográficos e arquitetônicos, equipamentos de áudio e iluminação, painéis de LED, segurança, produção de brindes, logística e até neutralização de carbono.
Mesmo repetindo o desempenho de 2023, o montante representa o maior já registrado pela AMPRO (Associação de Marketing Promocional) desde o início das medições em 2003. Especialistas apontam que, após a paralisação do setor em 2020, as ações presenciais voltaram ainda mais fortalecidas no pós-pandemia.
Live marketing e digital: combinação de sucesso
Segundo Julio Feijó, editor do Anuário e CEO da JF Consultoria, as marcas perceberam que a construção de identidade não pode depender apenas do digital. “A jornada começa on-line, mas precisa da experiência presencial para ser realmente eficaz. Por isso, os investimentos em estrutura física cresceram significativamente”, explica.
Feijó destaca que o grande diferencial das ativações presenciais está na conexão emocional que criam com o público. “A experiência ao vivo é a forma mais poderosa de captar a atenção das pessoas e transmitir valores de marca. E o digital, principalmente pelas redes sociais, amplifica esse impacto de forma orgânica. É a tempestade perfeita para o sucesso do brand experience”, conclui.
Fonte: Propmark